18.12.07

Is there one true love?

Hoje não vou escrever sobre mim. Há já alguns dias que me apetece escrever sobre os outros. Apetece-me escrever sobre os que me estão próximos e sobre os que muito distantes permanecem.

Podia ser um conto de fadas. Para ela, era uma história de amor. Pena que os contos de fadas sejam isso mesmo, contos. Na ausência da magia, existem palavras e sentimentos que nos despertam para a dura realidade. O sofrimento, a dor, a sensação de perda.

Dizer que alguém nos faz falta.

Ao contrário das histórias da Branca de Neve, da Cinderela, ou de tantas outras donzelas e príncipes encantados, nem sempre se vive “feliz para sempre”. É uma sensação de vazio, à qual todos os que são de carne e osso, e amam, estão sujeitos. É o que acontece quando algo especial, que nos guiava em todos os nossos passos e nos conduzia a muitos momentos de felicidade, termina...

Os motivos, esses, ainda não aparecem transparentes e trazem a revolta. Talvez um sentimento de amor-ódio. Sim. Todos os planos para o futuro, são agora ilusões. Todos os momentos de felicidade e instantes de uma vida passada a dois não passam de memórias.

Recordações.

Foi muito tempo, muita dedicação. Já se contavam quase sete anos e ela “ainda corria nas escadas para bater à porta da casa dele”. Foi um grande amor. Encará-lo agora e entregá-lo ao passado custa ainda mais. É desistir. Mas desistir às vezes é a solução, e nem sempre o caminho mais fácil. Aqui, é a única opção. Não devemos deixar que nos pendurem numa prateleira a criar pó.

Não somos bonecas de vidro, inquebráveis.

Olha-te no espelho e lembra-te de quem perdeu, com carinho. Sei que na inocência das tuas palavras, e no brilho do teu olhar se esconde uma mulher cheia de força, preparada para encarar o futuro, fechando pouco a pouco as portas do passado. Sinto que vais começar a escrever uma nova história, a tua história*.

*aqui deixo um beijinho muito grande para ti*

5 comentários:

Ruca! disse...

pq qq coisa q eu diga irá soar a frase feita da circunstância, faço minhas as palavras do grande sérgio:

'é a vida, o que é que se há-de fazer?

VIVER!'

**

Helena Magalhães disse...

E eu ainda nem tinha lido o teu post e falei mais ou menos sobre o mesmo. Acho que tivemos uma sintonia qualquer! Percebo exactamente isso que falas, esse sentimento de perda, de impotência, de sentir que é de facto o fim do mundo, parece que ja nada faz sentido, q nunca mais vamos gostar de ninguém, que não dissemos tudo o que deviamos ter dito, q não mostrámos o quanto gostavamos. Será que foi algo que eu fiz? Ou que eu disse? Ou terei dito demais? Ficamos com uma série de perguntas na cabeça mas a verdade é que por muito cliche que seja, o tempo cura tudo :) Agora achamos que nao, daqui a uns meses estamos frescas e prontas para outras, para começar do zero, para voltar a construir qlq coisa, e quando damos por nós e nos voltamos a apaixonar tudo aquilo que sofremos parece que evaporou e fica apenas uma boa lembrança duma boa relação e duma pessoa que há mt mt mt tempo foi muito especial! :)
Tambem o meu post era para muito boa gente que conheço e que anda ai a bater com a cabeça nas paredes.

Mas o que vale, é que ninguem morre de mal de amor :)

M disse...

Como diz o taxista do woody allen: It's like anything else!

Hydrargirum disse...

:((((((((((((((

Anónimo disse...

"Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe"

Amar é sempre ser vulnerável. Ao nos entregarmos no sentimento de Amor qualquer coisa mais cedo ou mais tarde no coração vai doer e talvez se partir.
Se se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, o melhor é não o entregar a nada e ninguém , nem mesmo a um animal. Envolvemo-nos cuidadosamente nos nossos hobbies e pequenos luxos, evitamos qualquer envolvimento, guardando na segurança do esquife do egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação.

Será que ao final de 6 ou 7 anos nos devemos entristecer pelos «anos perdidos» ou nos alegrar por ter conseguido conquistar 6 ou 7 anos de felicidade, nesta nossa tão curta e rápida passagem por este planeta!?

A vida é mesmo assim um ir e vir permanente onde tentamos encontrar a cada momento o nosso lugar de felicidade.

Com o tempo as lágrimas vão secando ... e o coração vai voltando aos poucos sorrir.